Meio ambiente, um pouco de literatura de estilos: Artigos técnicos, ensaios, lendas e fabulas. Fotos da biodiversidade da Mata Atlântica.
Quem sou eu

- Ricardo Quinteiro de Mattos
- Cataguases, MG, Brazil
- Sou Professor pesquisador e fotografo. Tenho me dedicado a pesquisa da biodivesidade da Mata Atlântica. Tenho um livro publicado. Escrevo artigos para o Jornal Atual na coluna de meio ambiente e tenho quatro exposições itinerantes: “Rio Pomba - Um Caminho Natural”; “E.F. Leopoldina – Um Caminho de Ferro”; “Canal Campos Macaé – Um Caminho Pelas Planícies dos Goitacás”; “Mata Atlântica – Um Olhar Sobre a Região Sudeste”. Fotos no facebook. Atualmente estou no cardo de secretário da ARPA. Associação de Proteção Ambiental da Zona da Mata.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Ano internacional da Biodiversidade - Terceira parte
2010 O ANO INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE - Terceira Parte.
Por Ricardo Quinteiro de Mattos
Dando continuidade às informações sobre o Ano Internacional da Biodiversidade, concluiremos nessa terceira parte, as informações com relação ao Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e faremos algumas considerações sobre as estratégias da defesa da biodiversidade.
As listas do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e a lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção são utilizadas como fonte primária de informações e servem também como alerta para os legisladores. As listas apresentam informações que levam a possibilidade de uma espécie chegar à extinção. Servem também para direcionar prioridades que algumas espécies exigem e as formas de influência antrópica sobre elas, ou seja, o grau de desequilíbrio que afeta sua existência. O diagnóstico apresentado serve como poderoso instrumento para ações que impeçam a extinção de uma espécie que corre risco, e ainda estimula as pesquisas na direção das espécies ocultas, que podem ser perdidas para sempre.
A metodologia utilizada é a mesma da IUCN- International Union for Conservation of Nature. São parâmetros científicos, que possibilitam a verificar se alguma espécie está em risco ou não, o grau do risco, ou ainda, se está extinta.
De posse de todas essas informações, órgãos governamentais e organizações não governamentais, iniciativa privada e tantos cidadãos anônimos, desenvolvem ações importantes para reverter o quadro de destruição, mas falta recurso financeiro e estratégia política.
Quando falo de estratégia política, estou falando de pensar com pragmatismo, planejar com inteligência e agir com energia. Construir uma política nacional que não seja de cima para baixo ou de baixo para cima. Que seja articulada.
Não é admissível, órgãos que estão na base atuando diretamente na pesquisa, conservação, repressão e educação ambiental, não terem os recursos necessários para atuar. Temos as melhores leis ambientais do mundo e não temos os recursos financeiros e humanos necessários para todas essas tarefas. É uma pena que ainda não exista um repasse financeiro de fundo a fundo para os órgãos ambientais dos Estados e Municípios.
O governo brasileiro tem assumido acordos internacionais que são grandes desafios e que estabelecem metas a serem cumpridas. Por isso são criadas leis ambientais e estâncias no âmbito do Ministério do Meio Ambiente. No entanto, não são apontadas as fontes de recursos financeiros e o orçamento anual está muito longe de ser o mínimo necessário.
Ainda assim, vejo de forma otimista esses acordos, já que desencadeiam a criação de várias instâncias no Ministério do Meio Ambiente que estão, ao longo dos últimos anos, desenvolvendo importantes trabalhos, entre eles, o livro Vermelho. Um dos mais importantes acordos assinados pelo governo brasileiro nos últimos vinte anos foi a Convenção sobre a Diversidade Biológica.
Mesmo com esse esforço coletivo de governos e do terceiro setor, ainda é pouco pelo estrago que continua sendo feito. A sociedade não é informada e muita coisa destrutiva ainda é feita por má fé, ganância e ignorância.
Entre todos os recursos que dispomos, um se destaca em todo mundo, é a educação, e é aí que temos que concentrar nossas forças. Acredito que os próximos 50 anos serão decisivos para a preservação de todas as formas de vida em nosso planeta. Temos que agir.
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